Juiz Federal se contradiz e revoga imissão de posse de fazenda a qual o próprio concedeu.

Juiz Federal se contradiz e revoga imissão de posse de fazenda a qual o próprio concedeu.

 

Na manha de hoje (11/09) o Núcleo Diretivo do Território da Cidadania do Baixo São Francisco de Sergipe, esteve acompanhando a ordem de Despejo das famílias de Sem Terra que vive na fazenda denominada Atalho/Curimatãs Pacatuba-SE.

As famílias estavam aguardando a chegada do oficial de Justiça sob posse do mandado de reintegração de posse nº 0003001361-0/2012 que pedia a retirada das mesmas daqui a 05 (cinco) dias, a contar a partir da data de hoje, incluindo o final de semana.

As famílias Sem Terra estão na fazenda Atalho/Curimatãs desde 11 de abril de 2011, data em que foi concedida a IMISSAO NA POSSE da fazenda, a qual as famílias vivem ate a data de hoje. Vale ressaltar que o juiz que concedeu a IMISSAO NA POSSE foi o mesmo que pediu a retirada das famílias, ou seja, a ordem de despejo, o conceituado juiz federal da 3ª Vara Edmilson da Silva Pimenta.

O Assessor Técnico do território falou que o objetivo dessa reunião é discutir e encaminhar alem de conhecer o conflito, como todos sabem nossas ações tem como meta o fortalecimento da agricultura familiar e reduzir a miséria na região, pois já ultrapassa aos 30.000 (trinta mil), falou Petrônio

O oficial de justiça Augusto Bezerra, falou que a veio cumprir o mandado expedito pelo juiz Federal.

José Uilson desconsolado e apreensivo sem saber o que fazer pela decisão judicial, pediu o apoio das entidades presente, relatou ainda que a situação das famílias é constrangedor, imagine você sobreviver 07 (sete) anos sofrendo embaixo da lona, depois vir com o aval da justiça federal para uma fazenda a qual construímos e planejamos o futuro da nossa família derrepente receber uma noticia dessa é muito sofrimento, e pior saber que o Juiz que nos deu a posse da fazenda o mesmo nos toma, será que o Juiz não tem sentimentos, questionou  o  Sem Terra.

Felix dos Santos relembrou a todos que, ao chegar aqui na fazenda dia 11 de abril de 2011, alguém dos arredores mim procurou e disse-me, acho difícil vocês ficarem aqui muito tempo, pois esse povo dessa fazenda é muito poderoso, e já disseram que, só perde essa fazenda se dinheiro não tiver valor. Isso ficou gravado é agora esta confirmada, frisou Felix.

As Sem Terra questionaram ainda que quando chegaram na fazenda era tudo abandonado, hoje a fazenda é um brinco, a zelamos toda principalmente quando foi dividido os lotes pelo INCRA, e as nossas roças que restam vamos perder?

O procurador federal Marcos Bispo pediu que o oficial levasse ao conhecimento do Juiz sobre a presença dos bens como roças.

Participaram da reunião: EFAL, MST, FETASE, Pólo Sindical, religiosos, Caritás, Secretaria Municipal de Agricultura, INCRA, Oficial de Justiça, vereador e o Assessor Técnico do Territorial.

Por Petrônio da Silva