Na noite de hoje 30/07, o assessor técnico do Território da Cidadania do Baixo São Francisco falou com exclusividades ao Programa Revista Aperipê apresentado pelo jornalista João Gomes Neto, na radio Aperipê AM.
Ao iniciar a entrevista o Assessor saudou a todos os Sergipanos e um abraço ao povo sofrido do Baixo São Francisco.
João Neto - Petrônio fale sobre a real situação das dividas contraídas pelos rizicultores?
Petrônio da Silva: A situação dos rizicultores aqui sempre esteve em crise, só que agora se alastrou, para você ter uma idéia há quem diga que o projeto Betume tem erro desde sua gestação, é o resultado de tudo um conjunto de ações mal planejada acabou na execução das dividas via leilão publico.
JN – Conte um pouco aos ouvintes sobre o leilão?
PS – No dia 24 deste houve um chamado para o leilão de casa, lote, maquinas e ate mesa, geladeira, cadeira, mas por sorte e por mobilização dos produtores ninguém compareceu para fazer qualquer oferta.
JN - Como chegou a essa situação?
PS – Os rizicultores contraíram investimento de custeio no BNB (Banco do Nordeste Brasileiro), mas em conseqüência de enchentes, pragas roedores (ratos) assistência técnica, e calotes por atravessadores, tudo isso fez com que os produtores não honraram seus compromissos, e isso tornou uma gravidade, para você ter uma idéia meados de 1990 o BNB e a CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco) apresentaram um projeto chamado PROCOFIN, esse projeto era consórcio entre arroz, peixe e arroz, garantindo no contrato assistência técnica, comercialização dos peixes e dos porcos e carência de três anos, antes da carência largou tudo e os produtores ficaram com as pocilgas incompletos e sem ter para quem vender os suínos e o pior sem assistência e com o projeto suspenso sem sua execução, e mas grave a divida nas costas dos produtores.
JN – Qual a participação dos gestores nesse processo, eles estão fazendo algo para que o leilão não aconteça?
PS – A participação é muito pouca, apenas uns quatro vereadores estão inteirados nesse processo, mas tem parlamentares que disponibilizaram o mandato com assessoria jurídica, e com resultado das discussões no território conseguimos que uma comissão de parlamentares fosse a Brasília em uma audiência com a ministra da Casa Civil, mostraram um diagnostico da região, a Ministra ficou sensibilizada, disse que iria pedir a CODEVASF e ao BNB um estrato detalhado tento do endividamento quanto dos proprietários dos lotes.
JN – Em sua opinião qual seria da alternativa para sair dessa crise? E deixe uma mensagem aos órgãos competentes?
PS – A alternativa seria investir na pesquisa, restaurar os perímetros, peço ao governo Marcelo Deda ao Secretario de Agricultura e ao Senador Valadares que vejam com carinho essa região que tem um dos piores indicadores de Sergipe, e a rizicultura esta vivendo essa crise, com um êxodo rural por falta de políticas publicas. No mas um bom programa e uma boa noite aos seus ouvintes, muito obrigado João.
Por Petrônio da Silva