Projetos Comunitários geram benefícios sociais e econômicos, diz consultor do Banco Mundia

Projetos Comunitários geram benefícios sociais e econômicos, diz consultor do Banco Mundia

 

“Os projetos comunitários apoiados por meio do Projeto de Combate à Pobreza (Prosperar) estão gerando benefícios importantes do ponto de vista social e econômico” disse o consultor do Banco Mundial, Dino Francescutti, numa avaliação preliminar feita com base nos projetos visitados durante missão de supervisão em Sergipe que se encerrou na última sexta-feira, 23. O projeto Prosperar é uma ação de combate à pobreza rural realizada pelo Governo de Sergipe, através da Pronese, realizado com recursos de empréstimo internacional junto ao Banco Mundial.


Dino Francescutti agradeceu ao presidente da Pronese, Manoel Hora, extensivo aos demais diretores e a toda equipe técnica da Empresa, pelo apoio dispensado à missão que contou também com os consultores Luciano Wuerzius e João Vicente.


O Consultor do Banco disse ainda, considerar importantíssimo, nessa fase de supervisão, conhecer a realidade das comunidades e poder interagir com os beneficiários. “Nós tivemos oportunidade de visitar três experiências completamente diferentes, uma em Nossa Senhora da Glória, onde a associação de produtores adquiriu equipamentos de ordenha, a segunda numa comunidade quilombola de Frei Paulo, que solicitou apoio para construção de cisterna, e a terceira com projeto de inclusão digital no município de Pacatuba. Todas experiências interessantes e com múltiplos benefícios” disse Dino.

 


Ele considerou o projeto de ordenha um ótimo exemplo de projeto comunitário de caráter produtivo bem sucedido. “Este projeto identificou uma necessidade muito clara, uma resposta tecnológica muito adequada à situação daquelas famílias de trabalhadores rurais. É um salto de tecnologia na dimensão perfeita para a realidade deles. Considero que estão gerando benefícios importantes com estes equipamentos, pois saltaram de uma para duas ordenhas por dia, aumentando assim a produção de leite”.


 


Parceria com Sebrae


Dino Francescutti disse que a parceria é essencial para o sucesso do empreendimento. “Como neste caso dos pequenos produtores de leite de Nossa Senhora da Glória, onde o Governo, por meio da Pronese apoiou a compra dos equipamentos e o Sebrae entrou com capacitação continuada para os produtores. É importante reconhecer que só o equipamento de ordenha não seria suficiente. Neste caso, o apoio do Sebrae foi essencial na capacitação quanto aos aspectos de manejo e nutrição. A nutrição mais a tecnologia fez o agricultor dá um salto na produção de leite”, argumentou Dino.


Quilombolas recepcionaram com banda de pífano


Na comunidade quilombola Catuabo, município de Frei Paulo, a missão do Banco Mundial e técnicos da Pronese foram recepcionados num clima festivo ao som da banda de pífano. Foi sinal de agradecimento pelo apoio financeiro para construção das cisternas.  Para o Consultor do Banco a construção de cisternas é uma obra em que os benefícios são muito claros porque disponibiliza água de qualidade para a comunidade e também reduz custos, seja da comunidade ou da prefeitura que garante o abastecimento nestas comunidades durante o período de seca. A beneficiária Joelma Lima disse que a cisterna chegou numa hora boa, porque ninguém na comunidade pode pagar R$ 50 por 5 mil litros de água para os donos de carros-pipa.

 


Inclusão digital


O projeto de Inclusão digital visitado pela missão do Banco Mundial foi considerado ótimo exemplo. “Vejo que a comunidade utiliza o núcleo digital como instrumento social, mas também para os negócios. Eles têm pouco mais de um ano de funcionamento e já fizeram três ciclos de cursos de informática para adultos e jovens, e agora estão fazendo para pré-adolescentes entre 12 a 14 anos”.


“Ficou claro que o projeto de Inclusão Digital gera uma atividade formativa, permitindo ocupação e informação para os jovens que precisam de uma orientação, num período importante de decidir o que fazer com suas vidas. Vejo também, que os beneficiários utilizam o recurso tecnológico como oportunidade de fazer negócios comerciais, pois a associação que coordena o projeto tem atividade de apicultura e de artesanato feito de palha, onde eles estão beneficiando-se do fato de ter os computadores para manter contatos com clientes”, concluiu o consultor.